Líderes num Mundo Novo: uma atividade e
não uma posição
É comum ouvir-se dizer que nos faltam líderes, nestes dias turbulentos que correm por todo o mundo. Mas o que é na verdade um líder. As definições podem variar à primeira vista, mas o que os líderes verdadeiros têm de comum é o de serem agentes de mudança: inspiram com a sua coragem, criatividade e compromisso com causas de bem comum. O seu bem estar ou ganho pessoal não é a prioridade, por isso frequentemente sofrem na pele as consequências das causas que defendem em nome de um grupo, país ou da comunidade global humana.
É neste ponto que me parece cada vez haver menos líderes, tendo em conta a frequência com que ouvimos os relatos dos escândalos financeiros aos quais os nomes de muitos supostos líderes aparecem associados. Esta situação é um espelho do materialismo num grau doentio que permeia a nossa sociedade, promovendo o pensamento de que a felicidade advém de aquisições constantes, que quanto mais uma pessoa possuir melhor, e que a preocupação pelo meio ambiente é para um outro dia.
Estas mensagens sedutoras alimentam um sentimento de direitos pessoais cada vez mais enraizados e que recorrem a uma linguagem e a um vocábulo estratégico para camuflar e disfarçar interesses próprios. A indiferença pelas dificuldades enfrentadas pelos outros torna-se comum, ao mesmo tempo que o entretenimento e as diversões que distraem são consumidos com voracidade.
Para termos novos verdadeiros líderes, que vejam para lá do horizonte do interesse próprio e se preocupem com causas de bem comum, será necessário desde cedo que as crianças aprendam com exemplos do meio em que vivem, a importância do conceito do serviço como fonte de felicidade interna.
jmkongo
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