Jovens
líderes para o futuro
Na fase de
pré-jovens (12 a 15 anos) o indivíduo cimenta a sua personalidade e
identidade, mas é também uma fase em que o apelo do materialismo se
torna mais insistente para as novas gerações. Existe uma generalizada tendência de projetar uma imagem
problemática deste grupo etário - considerando-o como que perdido nas dores de
uma tumultuosa mudança física e emocional, indiferente a ouvir os adultos. Na
verdade os pré-jovens têm um elevado sentido de altruísmo, um agudo senso
de justiça, anseio por aprender acerca do universo e um desejo
de contribuir para a construção de um mundo melhor e começam a
questionar os valores que lhes são passados por tradição. Há por isso
necessidade de que as suas qualidades espirituais, virtudes, capacidades
intelectuais e sua capacidade para o serviço à sociedade, no momento em que
saem da infância para ingressar na adolescência sejam
desenvolvidas e cimentadas.
O surgimento de novos paradigmas
de ensino e educação baseados na prática do serviço à comunidade será
fundamental, pois que com a aproximação da maturidade vem a responsabilidade
geracional de não permitir que as realizações mundanas ceguem os olhos à injustiça
e à privação. Com o tempo, as qualidades nutridas nesta fase, ajudam o
indivíduo a ver para além das ilusões que o mundo usa para desviar a atenção do
serviço para o ego. Só assim o mundo terá novos líderes com uma visão
humanista, inspirando a humanidade com a sua coragem, criatividade e
compromisso pelo bem comum.
A menos
que nos esforcemos para que os jovens adquiram esta “praxis” no seu
desenvolvimento, facilmente adotarão de modo inconsciente a visão generalizada
de que o mundo é essencialmente um lugar para a luta em nome do bem individual.
Este tipo de liderança - verdadeira liderança (digo eu), não se ensina
em lugar nenhum em particular, aprende-se sim com os exemplos
observados - em casa e na escola.
jm
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