quinta-feira, 6 de julho de 2017

Jovens líderes para o futuro
Na fase de pré-jovens  (12 a 15 anos) o indivíduo cimenta a sua personalidade e identidade, mas é também uma fase em que o apelo do materialismo se torna mais insistente para as novas gerações. Existe uma generalizada tendência de projetar uma imagem problemática deste grupo etário - considerando-o como que perdido nas dores de uma tumultuosa mudança física e emocional, indiferente a ouvir os adultos. Na verdade os pré-jovens têm um elevado sentido de altruísmo, um agudo senso de justiça, anseio por aprender acerca do universo e um desejo de contribuir para a construção de um mundo melhor e começam a questionar os valores que lhes são passados por tradição. Há por isso necessidade de que as suas qualidades espirituais, virtudes, capacidades intelectuais e sua capacidade para o serviço à sociedade, no momento em que saem da infância para ingressar na adolescência sejam desenvolvidas e cimentadas. 
O surgimento de novos paradigmas de ensino e educação baseados na prática do serviço à comunidade será fundamental, pois que com a aproximação da maturidade vem a responsabilidade geracional de não permitir que as realizações mundanas ceguem os olhos à injustiça e à privação. Com o tempo, as qualidades nutridas nesta fase, ajudam o indivíduo a ver para além das ilusões que o mundo usa para desviar a atenção do serviço para o ego. Só assim o mundo terá novos líderes com uma visão humanista, inspirando a humanidade com a sua  coragem, criatividade e compromisso pelo bem comum. 

A menos que nos esforcemos para que os jovens adquiram esta “praxis” no seu desenvolvimento, facilmente adotarão de modo inconsciente a visão generalizada de que o mundo é essencialmente um lugar para a luta  em nome do bem individual.  Este tipo de liderança - verdadeira liderança (digo eu), não se ensina em lugar nenhum em particular, aprende-se sim com os exemplos observados - em casa e na escola.  
jm

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