segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

A Harmonia Essencial da Religião com a Ciência e a Razão

De acordo com um estudo apresentado na revista científica Cell, um regime dietético que incorpore a prática pontual do jejum pode ter enormes benefícios para a saúde. Do estudo conclui-se que o jejum ajuda a restaurar a função da atividade pancreática que controla os níveis de açúcar no sangue.
Embora a experiência tenha sido apenas até agora realizada em ratos, prevê-se que a nova descoberta poderá ser uma forma importante no tratamento da diabetes. Existem leis religiosas que apelam à prática do jejum em certos períodos do ano. No livro Aqdas da Fé Bahai podemos ler ("Nós vos mandamos orar e jejuar desde o começo da maturidade (15 anos); isso é ordenado por Deus, vosso Senhor e o Senhor de vossos antepassados(...). O viajante, o enfermo, a gestante e a que amamenta, não são obrigados a observar o jejum(...). Entre o nascer e o pôr do sol do período entre 2 a 20 de Março, fazei abstenção de alimentos e de bebidas, e acautelai-vos para que o desejo não vos  prive desta graça destinada a vós no Livro".  As duas mais potentes forças da civilização humana, a ciência e a religião, parecem frequentemente formas opostas e inconciliáveis de  viver a vida e interpretar o universo. E numa altura em que o fanaticismo e a intolerância religiosa parecem estar ao rubro, facilmente nos esquecemos do contributo da verdadeira religião para o avanço da humanidade. Nenhuma das grandes civilizações existentes na terra conseguiu singrar sem o contributo e a força (por vezes mal usada) da religião. Na verdade a religião e a Ciência estão entre-lançadas de modo inseparável, e é a qualidade da relação entre ambas as forças que condiciona o impulso que darão ao desenvolvimento da humanidade. Ambas são as asas com as quais a humanidade deve voar, pois com apenas uma delas o caos é inevitável. "Toda a religião que descuide as Ciências é mera tradição, e de facto a Ciência e a Educaçao são necessárias para se viver a plenitude religiosas (Abdul Bahá)". Como cientista, confronto-me frequentemente com a complexidade e eficácia de alguns fenómenos bioquímicos que me levam a concluir que o equilíbrio fisiológico ou até ecológico deles resultantes, só podem ser obra deliberada de alguém muito superior a jogar ás descobertas connosco. Frequentemente, a religião está á frente da ciência, mas a  dominância da racionalidade na nossa cultura impede-nos de reconhecer determinadas práticas religiosas enquanto a ciência não o prove, como parece o caso da presente descoberta. Claro que não aconselhamos ninguém á prática do jejum sem aconselhamento médico, mesmo que, na nossa opinião, consideremos que a medicina ainda está nos seus primórdios quanto ao conhecimento sobre determinados aspectos da fisiologia e saúde humana.  




jmk

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