domingo, 29 de janeiro de 2017

Bobagens, o meu amigo Alfredo e a Cicciolina


Cicciolina  (In Wikipedia)
A propósito de bobos, tema de uma Crónica-Bem-Dita anterior, escrevemos sobre como o exagero na sua aparência  espalhafatosa e as insinuações do seu discurso e performances, que quebravam as regras sociais vigentes, eram as armas do ofício do bobo. 
 Provocavam o caos nas cortes da realeza onde confundiam intencionalmente os reis e o povo com as sua declamações que ninguém levava a sério pois eram vindas de um bobo.

O meu amigo Alfredo muito cedo percebeu que tinha a possibilidade de colher frutos ao engajar-se em comportamentos  típicos de um bobo.  O Alfredo induzia os professores a concluírem que ele não estaria na total  posse das  suas faculdades intelectuais, tais eram as bobagens que intencionalmente fazia. Por exemplo, na escola quando nos era pedido uma dada tarefa em grupo, o Alfredo  deitava-se no chão e assobiava. E se de início levava reprimendas do professor, nas vezes seguintes ou era mandado para o recreio, seu maior desejo, ou pura simplesmente se dizia dele,  “não liguem, o Alfredo é tolinho”. E assim o Alfredo vezes sem conta conseguiu levar sempre a água ao seu moinho, que é como quem diz, passava á frente na fila da cantina, tinha mais tempo de recreio do que nós, etc. Foi pelo exagero isto é pela bobagem, que muitas individualidades nos nosso dias se notabilizaram e atingiram os seus objetivos. Estou a lembra-me de Cicciolina, nome de atriz porno que se notabilizou usando descaradamente os seus dotes físicos para obter os seus ganhos políticos e quiçá financeiros. Foi eleita deputada na Itália, provavelmente quando ninguém a levava a sério pois a sua campanha baseada em mensagens e imagens  de cariz descaradamente sexuais e pornográficas até, eram vistas como simples bobagem.
Hoje existem por aí muitos outros bobos que, pelo discurso exagerado e ridículo, vão ainda assim levando a água ao seu moinho, sem que os levemos a sério de tão ridículo que parecem. E meia palavra para bom entendedor basta...

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